sexta-feira, 25 de maio de 2012

Uma odisséia corporativa chamada treinamento comportamental.


Em 1927 foi lançado pelo diretor e cineasta austríaco Fritz Lang o clássico  Metrópolis. Cinqüenta anos depois, em 1977, foi lançado pelo americano George Lucas o primeiro longa metragem de nome “Guerra nas Estrelas”. Este filme deu origem a uma série de outras seis edições. Mais recentemente, em 2009, James Cameron lança Avatar , um filme grandioso sobre uma guerra entre habitantes da lua de Saturno (Pandora) e seres humanos extremamente desenvolvidos tecnologicamente. Esses filmes se assemelham por terem situações cheias de aventuras extraordinárias, quase dramáticas.

 As empresas têm atravessado praticamente uma “saga cinematográfica” aos moldes  dos filmes citados quando se analisa a suas estratégias para captar, suprir e reter colaboradores talentosos e adequados. Quando a esses movimentos adiciona-se o peso financeiro que é contratar um funcionário dentro das determinações legais da CLT, o cenário é de uma epopéia. Para ilustrar: no Brasil,  um empregado chega a ter um custo mensal de 80% a mais do valor do seu contrato. Este custo pode variar até 187% a mais conforme ramo de atividade, convenções sindicais ou regime de apuração da empresa contratante. Não por outro motivo que muitas empresas de prestação de serviços, por exemplo, as grandes empresas de pesquisa de mercado, opinião e mídia, optam por contratar especialistas e entrevistados por projeto.

Infelizmente só o talento e a adaptabilidade de um funcionário não são suficientes para essa conexão seja proveitosa.

A esperança é que o comportamento do funcionário em relação à empresa, seus colegas, sua equipe, seus clientes e a concorrência seja “pra lá” de apropriado. E isso pode parecer fácil, entretanto não o é.  Esta é  razão pela qual as empresas têm, através de seus gestores de pessoas, investido pesado nos treinamentos, entre eles as capacitações  comportamentais. Segundo a Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD) o investimento no setor de treinamento por pessoa em 2012 deve ter um valor médio de R$4965,00 (levantamento feito juntos aos associados da instituição).

 Esses números são muito interessantes uma vez que o Brasil é tido internacionalmente como um país de pessoas cordiais.  Por tradição cultural, no Brasil se tem um fortíssimo vínculo parental que incentiva a “afetuosidade e a intimidade”. E ai mora um contrassenso.  Os colaboradores brasileiros são apontados por empreendedores e gestores estrangeiros como funcionários que misturam o que é de caráter pessoal com o que é de natureza profissional.

Os treinamentos comportamentais são importante ferramenta de “re-educação” dos colaboradores. Ajudam a aprimorar a circulação da informação pró-ativa entre os funcionários de uma empresa. Capacitam a pessoa através de situações praticas e relacionadas ao ambiente no qual ela trabalha.

O trabalhador, quando bem aproveita um treinamento comportamental consegue melhor se apresentar dentro e fora da empresa. É um processo de ganho geral.

Okada, em trecho de um de seus textos sobre o desenvolvimento humano escrito em 1954, coloca que : “a simpatia é muito mais importante do que imaginamos, pois tem muita relação não só com o destino do indivíduo, mas também com a sociedade. Se alguém se tornasse simpático graças ao relacionamento com uma pessoa simpática e isso fosse se propagando continuamente, é óbvio que a sociedade se tornaria bastante agradável. Por conseguinte, diminuiriam os problemas... Não existe meio melhor  do que esse, pois não requer dinheiro, não é trabalhoso e pode ser posto em prática imediatamente.”

Do filme “Os 300 de Esparta” tira-se  uma súmula de trabalho de equipe: boa escolha de componentes para exercito, compreensão de missão e de objetivos. Ou seja, cada soldado lutava – bem treinando- a sua luta, mas tendo como foco  a valorização e a sobrevivência de cada companheiro.

Um comentário:

  1. Gostei muito do post. Vale lembrar que parte do problema que as empresas enfrentam atualmente está, justamente, relacionado com a perda de foco na missão. Buscar dinheiro a curto prazo só é inspirador para quem trabalha com investimentos financeiros. E sob stress os líderes andam cada vez menos cordiais ... não inspiram mais.

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